Ministro de Minas e Energia deixa em aberto possibilidade de reestatização da Refinaria Mataripe

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deixou em aberto a possibilidade da Petrobras readquirir ativos vendidos durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), incluindo a Refinaria Mataripe, localizada em São Francisco do Conde.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (18), o titular da pasta afirmou que o governo federal tem trabalhado para ser autossustentável nos combustíveis e que a reestatização das refinarias seria discutida.

“A Bahia tem uma peculiaridade, o governo anterior tinha uma política de desinvestimento completamente irresponsável. Mas agora nós mudamos essa lógica, estamos trabalhando para ser, em médio prazo, autossustentáveis. Vamos trabalhar para modernizar as refinarias e, se possível, até se discutir da gente readquirir alguns ativos que são fundamentais e estratégicos”, afirmou Silveira.

“A maior refinaria da Bahia foi vendida ao capital privado. Se depender de mim, essa refinaria deveria voltar a ser da Petrobras. Ainda há uma perspectiva muito grande, há um foco da Petrobras em reequilibrar o preço do Petróleo a Acelen para ela se tornar tão competitiva quanto as outras petroleiras”, completou.

Sobre o valor dos combustíveis na Bahia, o ministro ressaltou que, agora com a extinção da Paridade de Preços de Importação (PPI), a Petrobras e a Acelen disputam o mercado pelo refino de petróleo no Brasil. Segundo Silveira, a Acelen terá que “competir” com os preços implementados pela companhia estatal.

“O que vai acontecer no Brasil está muito óbvio, nós vamos ter agora competitividade. O que havia antes era uma política criminosa, você tinha um preço de referência, mas o gás de cozinha, inclusive, era vendido acima desse preço. O que vai haver agora é que a Petrobras vai ser indutora de competitividade e a Acelen vai ter que competir”, explicou Silveira.

INVESTIMENTOS EM ENERGIA LIMPA

O ministro também afirmou que a Bahia está no planejamento nacional de transição energética, que visa realizar investimentos em produção de energia renovável. Silveira comentou que o governo federal deve ter o foco nos aportes em “hidrogênio verde”, além de aumentar a oferta de gás para baratear o valor do combustível.

“A Bahia pelas suas potencialidades, vai entrar nessa política nacional de transição energética com muito vigor. Até março do ano que vem nós faremos R$ 56 bilhões em contratações de linhas de transmissões, especificamente, para poder levar a energia limpa e renovável do Nordeste para o centro de carga que é o Sudeste. Vamos trabalhar para que essa energia fique no Nordeste, através da industrialização da região, além de que o Nordeste tem um forte potencial de exportação de hidrogênio verde”, afirmou o ministro.

“Nós temos que reconhecer por uma transição energética, enquanto nós estivermos atravessando esse caminho nós temos que equilibrar os combustíveis fósseis com os limpos. O gás é fundamental para nossa indústria nacional, nós precisamos aumentar a oferta de gás no país, diminuir o preço, tornar a nossa indústria de fertilizantes competitiva para ela suprir o Brasil e para ela, se possível, até mesmo, criar divisas para outros países”, complementou SIlveira.

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