A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) alcançou R$ 1,8 bilhão nos dois primeiros meses de 2023, o que representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Sumário Mineral do mês de março, produzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
No mês de fevereiro, Ouro (33%) e Níquel (23%) foram os principais minerais produzidos na Bahia. A novidade são os Agregados para a Construção Civil (areia, brita, cascalho, argila e caulim), que somaram 7%, superando a produção de Cobre (6%), e ficaram pela primeira vez na terceira colocação na PMBC. Os principais municípios produtores foram Itagibá (23%), Jacobina (21%) e Barrocas (6%), que juntos somaram 50% de toda a produção.
O aumento da produção de agregados segue o crescimento do setor de construção civil em 2022 e suas perspectivas de avanço em 2023. Segundo o relatório de desempenho da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Brasil, o setor cresceu 6,9% no ano passado e deve avançar 2,5% neste ano.
O segmento também teve um aumento na geração de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Bahia fechou 2022 com quase 132 mil profissionais registrados, o que representou um crescimento 17,49%.
O Secretário da SDE, Angelo Almeida, destacou a força da mineração baiana e pontuou o resultado dos agregados, que foram responsáveis pelo leve crescimento na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). “A mineração tem um grande potencial na Bahia. Tivemos um desempenho excelente na PMBC nos dois primeiros meses do ano. Também precisamos destacar o crescimento da produção de agregados, responsável pelo aumento de R$ 1 milhão na arrecadação do ICMS dos produtos minerais na Bahia”, disse.
O gestor celebrou ainda o Plano Estratégico Ferroviário, que contribuirá para o avanço da mineração na Bahia. O estudo, desenvolvido pela Fundação Dom Cabral (FDC) e apresentado durante uma reunião realizada nessa quarta-feira (22) na Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) traz oportunidades em infraestrutura ferroviária e uma proposta de reestruturação da malha no estado.
“O estudo apresentado é um grande passo para estruturação e expansão da nossa malha ferroviária. A Bahia tem um grande potencial de crescimento, inclusive na produção mineral, e esse crescimento passa pelo fortalecimento da nossa infraestrutura de transporte”, pontuou.