Foto Foto: Samara Figueiredo/
Duas bolas na trave no primeiro tempo e dois lances cruciais na segunda etapa. O Bahia criou algumas oportunidades importantes, mas não teve sucesso nas finalizações. O resultado foi o empate em 2 a 2 com o Ferroviário, na noite deste sábado, na Arena Fonte Nova. Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Renato Paiva lamentou os erros ofensivos e, também, a efetividade do adversário nas chances que criou.
Dar os parabéns aos meus jogadores, fizeram um jogo com momentos intensos, momentos do nosso jogo. Criaram um volume de situações, finalização enorme. Tivemos último passe, finalização, mas não tivemos gol de bola corrida, só de bola parada. Continuo a dizer que estaria preocupado se fizéssemos cinco a seis jogos como o anterior, estou menos preocupado porque o empate e as derrotas não jogamos mal. Depois voltamos aquela questão que o adversário quase não finaliza quando chega ao nosso gol. Bola bate na perna do nosso jogador, detalhes que de fato nos penalizam, mas são detalhes. No segundo gol temos sete jogadores a defender contra cinco e, quando se tenta fazer a dobra de jogadores, a bola bate e sobra. Estaria eu aqui mais chateado se tivéssemos desequilibrados, não estávamos. Tem que ganhar confiança no momento da finalização e continuar com volumes ofensivo e defensivo. Só permitimos que o adversário finalizasse duas ou três vezes. Equipe jovem, que às vezes quer atacar depressa. Jogo tem que ter alguma paciência, critério, algo que não aconteceu na primeira parte – afirmou o treinador do Bahia.
Durante a entrevista coletiva, Renato Paiva falou também sobre o gol marcado por Everaldo. De pênalti, o atacante fez o primeiro dele com a camisa do Bahia.
– Grande jogo do Everaldo, ganha a falta e nos dá o gol, o primeiro. Grande trabalho dele e do Goulart, trabalharam defensivamente e ofensivamente. Pressionaram, se associaram aos colegas. Camisa 9 vive de gols e é normal que a ansiedade aconteça. O que temos que fazer é perceber que ele tem qualidade, que teve números bons na Chapecoense e fora. Já fez muitos gols e vai voltar a fazer muitos gols. Jogadores têm esses momentos e fases. Está me deixando satisfeito e temos trabalhado essa questão com eles. Os noves, quanto mais vão atrás do gol, mais o gol foge. Quero agradecer à torcida pelo apoio. Nós vemos o quanto ele trabalha todos os dias. Vamos deixá-lo trabalhar, confiança total no trabalho.
O Tricolor volta a campo no meio da semana, mas desta vez para atuar pelo Campeonato Baiano. Mais uma vez na Fonte Nova, o Bahia vai receber o Bahia de Feira, às 21h30 (de Brasília). O Bahia é o líder do estadual com 15 pontos conquistados.
Kayky
– Kayky não jogava há um ano, fez um percurso extraordinário e foi para o Manchester City. Tem técnica e criação, desequilibra. Já nos deu o gol da vitória no Ba-Vi. A técnica e criatividade dele têm que servir mais à equipe. Quando isso acontecer, Kayky vai ser um super jogador. Por enquanto é um jogador jovem, faz coisas boas e outras que não são tão boas, mas não vou crucificar um jogador. Hoje jogou bem. Mas queria o Daniel para ligar mais o jogo, para jogar entrelinhas, mais por dentro, liberar o corredor para o nosso lateral.
Gols sofridos
– Equipes que propõem mais ficam mais expostas. De bola corrida temos um gol sofrido, aqui em casa. Depois temos gols de pênalti, de escanteio. Em dinâmicas ofensivas do adversário não temos gols sofridos, um aqui em casa e duas de contra-ataque. Impossível criar finalizações sem que a gente se exponha contra equipes que não querem atacar tanto. É uma forma de jogo lícita, mas não posso deixar de propor o jogo. Ou o jogo vai ficar enfadonho. A torcida sai triste porque a equipe não ganhou, mas sabe que criou. Finalizações gritantes, bolas na trave. Trabalho que está a ser feito. Estamos sofrendo muitos gols, mas uma equipe jovem, de preponderância no jogo ofensivo, normal que aconteça. Defensivamente está sólida, mas sofre com a eficácia do adversário.
Grupo jovem
– Dois fatores importantes. Equipe jovem, e muitos com poucos jogos no último ano. Kayky, Diego Rosa, os próprios zagueiros, que não são tão jovens, mas não terminaram titulares o ano. Borel. [Reservas] Todos entraram bem nos jogos, ajudaram bastante. Precisamos reabilitar esse jogadores, que têm qualidade e são de seleção. Temos que lembrá-los o que foram e o que podem ser. Agora é o estímulo da competição, treinar e jogar. Temos que dar jogo a eles e pedir paciência em relação a eles. Paciência, carinho e trabalho. E o trabalho psicológico é dar confiança e mostrar o que eles fizeram. Se não estão conseguindo ser, o que é normal, vamos mostrar. Estamos buscando trazer equilíbrio, mas o fator que mais nos preocupa é que eles vinham sem continuidade de jogo e isso diminui a confiança. Kayky tem feito muito pelo tempo que tinha sem jogar. Vamos trabalhar em função de cada um.