Foto: Reprodução/TV Senado/
Com votos contrários de oito senadores, o Senado aprovou, nesta terça-feira, o decreto de intervenção na segurança pública do Distrito Federal. Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez um duro discurso contra a tentativa de golpe de Estado praticada por grupos bolsonaristas. Segundo Pacheco, não se trata apenas de um excesso de uma manifestação, pois o que diferencia o quebra-quebra de domingo de outros casos, é o que motiva esses grupos.
Pacheco prometeu ainda identificar e punir, de acordo com a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, cada um dos responsáveis pela tentativa de golpe, além de organizadores e financiadores desse movimento, buscando ainda o ressarcimento pelos danos causados aos cofres públicos.
Ao defender a intervenção na segurança de Brasília, o relator da matéria, senador Davi Alcolumbre, do União do Amapá, justificou que a medida é dura, mas necessária.
Dos 70 senadores presentes na sessão, oito registraram voto contrário ao decreto de intervenção no DF. Desses, quatro são do PL. São eles: Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Zequinha Marinho e Carlos Viana. Dois são do Podemos, Styvenson Valetim e Eduardo Girão, além de Plínio Valério, do PSD do Amazonas, e Luis Carlos Heinze, do PP gaúcho.
Segundo o senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, a intervenção não é necessária.
Com a aprovação da Câmara e do Senado, o Congresso Nacional ratifica o decreto assinado pelo presidente Lula no último domingo. Com isso, o interventor indicado pelo presidente da república, Ricardo Cappello, terá o controle de todos os órgãos e entidades da segurança pública no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.
Edição: Paula de Castro / Guilherme Strozi