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O crescimento do número de casos de covid-19 na Bahia segue em monitoramento pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e será tratado em reunião entre o governador Rui Costa e a secretária estadual da saúde, Adélia Pinheiro, ainda nesta segunda-feira (28). De acordo com Rui, o quadro preocupa e não está descartada a possibilidade do retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em alguns ambientes.
“Vou me reunir com a secretária de saúde, para conversar sobre este crescimento. Nos preocupa o grande número de pessoas não vacinadas, e isso inclui aquelas que não completaram o ciclo vacinal. Alguns não tomaram a primeira, e muitos não tomaram a segunda, terceira e quarta doses. O número é crescente da demanda por leitos de UTI e clínicos, e o maior volume está concentrado na região metropolitana de Salvador e principalmente a capital. No interior os números ainda são muito baixos, mas se você olhar o histórico de contaminação, esse foi o processo, desde o surgimento da covid. Primeiro chega nas maiores cidades e depois vai se espalhando pelo interior”, afirmou o governador Rui Costa.
O governador também destacou medidas que já estão sendo tomadas, como a ampliação dos leitos no Hospital Espanhol, e novamente fez um apelo para que as pessoas completem o esquema vacinal contra o coronavírus.
“A demanda subiu e eu autorizei ampliar o número de leitos de UTI e clínicos do Hospital Espanhol, então essa semana até o final de semana deveremos chegar até o número máximo possível. Então a demanda está crescente e rápida, e nós vamos avaliar a tomada de medidas de maior proteção, e isso inclui voltar a tornar obrigatório o uso de máscaras em alguns ambientes. Vou olhar os números mais recentes, mas o quadro preocupa, pois são várias variantes, não só uma ou duas. Vi um relatório na sexta-feira, que neste processo de contaminação no Brasil, inclusive os testados na Bahia, temos várias variantes contaminando ao mesmo tempo, diferente do que foi no passado, que tinha uma variante predominante.”
Ele reiterou que a demanda por leitos de UTI, em sua maioria, é de pessoas idosas e não vacinados.
“A situação mais grave é para as pessoas não vacinadas e pessoas idosas. Quando esses dados se cruzam, de um idoso que não completou a vacinação, esse caso se torna grave demandando UTI. E a demanda nas UTIs tem sido de pessoas idosas e/ou pessoas que não completaram a vacinação. Não dá para entender tamanha resistência à vacinação, mesmo diante de fatos tão nítidos e comprobatórios, de que a vacina evita um quadro pior da doença. Portanto, não se justifica essa resistência e pessoas indo a óbito”, observou.