Foto: Polícia Civil/ND/
Polícia Civil de Santa Catarina apreendeu um arsenal de armas de fogo e munições depois de uma investigação que durou nove meses duas cidades do Extremo-Oeste do Estado. Dois homens de 34 e 39 anos foram presos preventivamente na operação que ocorreu na manhã desta quinta-feira (10) nas cidades de Bom Jesus do Oeste e Serra Alta. Os suspeitos também teriam participação nas manifestações e bloqueios de estadas da região nos últimos dias.
Foram apreendidas 11 armas de fogo, sendo três revólveres, três pistolas, dois fuzis de precisão, duas espingardas e uma carabina. (Leia a lista abaixo). Também acessórios, como lunetas, mira holográfica, carregadores, centenas de munições, supressor de ruído e máquinas de recarga.
O delegado da Polícia Civil, Rodrigo Moura, explicou que as armas estavam em uma tornearia mecânica na cidade de Bom Jesus do Oeste, que tem 2,1 mil habitantes. O local foi alvo de busca de apreensão nesta quinta. O torneiro mecânico responsável pelo espaço foi preso preventivamente.
Já em Serra Alta, durante a operação de buscas, os policiais encontraram R$ 125.000,00 em dinheiro em espécie de origem não esclarecida. A polícia acredita que esteja relacionado aos crimes envolvendo as armas de fogo.
Toda essa investigação iniciou em virtude da suspeita de que o torneiro mecânico estivesse matando cachorros de vizinhos com armas de fogo e de pressão. Ele foi indiciado pelo crime em inquérito policial anterior.
Em fevereiro — quando iniciou a investigação da Polícia Civil — os agentes realizaram busca e apreensão no endereço que foi alvo nesta quinta. Naquele episódio, segundo a polícia, foram encontrados diversos acessórios, partes de armas e até mesmo uma espingarda artesanal quase montada.
CAC era o responsável pelo esquema
A investigação demonstrou que o segundo homem preso na operação desta quinta, o qual é CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) com registro no SIGMA (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), órgão operado pelo Exército Brasileiro, agia como uma espécie de mentor da associação criminosa.
O delegado Moura diz que o homem usava seu grande conhecimento sobre armas de fogo e a facilidade na aquisição de peças, apetrechos e insumos para a fabricação, montagem e recarga de munições em desacordo com autorização legal.