O coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ é o novo parceiro da CBF. Criado em 2019, o grupo tem como intuito fortalecer o combate a LGBTfobia com campanhas, ações e iniciativas para maior diversidade no esporte. A medida é mais uma ação da CBF para que o futebol brasileiro se torne um espaço mais inclusivo e livre de preconceitos.
Um dos projetos do coletivo é a elaboração do Observatório da LGBTfobia no Futebol, com a produção de um relatório anual sobre os casos denunciados e de boas práticas envolvendo atletas, clubes, torcida e federações.
O anuário do coletivo relativo ao ano de 2022 será lançado no primeiro semestre de 2023. Com o apoio da CBF, o material será impresso e distribuído para todos os clubes participantes das competições nacionais, federações e justiças desportivas.
Com uma maior divulgação do material, a expectativa é que o documento sirva como uma ferramenta de orientação e maior informação no combate à LGBTfobia no futebol brasileiro.
Sobre a parceria com a CBF, Yuri Senna e Onã Rudá, criadores do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+
“Essa parceria com a CBF sanciona o trabalho incansável que a gente tem feito na Canarinhos LGBTQ+. Poder contar com o apoio da CBF para alcançar mais resultados com o anuário é poder criar novos caminhos e ferramentas para o combate à LGBTfobia no futebol brasileiro. Daqui pra frente sabemos que temos mais um parceiro conosco”, disse Senna, co-fundador do coletivo.
“A parceria com a CBF nos abre muitas portas porque nos dá a possibilidade para difundir as informações. Com esse apoio, vamos poder divulgar melhor as nossas informações e ter também uma abertura maior com os clubes e federações”, explicou Onã Rudá.
Um dos primeiros trabalhos do coletivo foi o envio de sugestões e medidas para várias entidades ligadas ao futebol e à política brasileira, como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ministério de Justiça e Segurança Pública, Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Esporte, Ministério de Direitos Humanos, Câmara Federal, Senado Federal e clubes de futebol.
Sobre a relação com a CBF, Rudá acredita que a parceria vai garantir maior credibilidade ao grupo para que as ideias contra a LGBTfobia possam ter maior alcance no futebol brasileiro.
“Estar com a CBF é estar com quem faz o futebol no Brasil. Quando a CBF toma uma posição de nos apoiar, nosso documento fica referendado para se tornar um guia para os clubes e federações apoiarem a causa”, explicou Rudá.