Filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e um dos coordenadores da campanha pela reeleição do mandatário, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) rompeu o silêncio nas redes sociais uma semana após a derrota do pai para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro, no segundo turno do pleito.
Nesta segunda-feira (7), no Twitter, ele voltou a postar publicações antigas, nas quais aponta suposta “censura”. “Um regime de censura nunca começa de forma absoluta, mas com uma suposta boa causa que lhe dê legitimidade. Por isso os primeiros alvos sempre são grupos que já passaram por um intenso processo de marginalização, cujo silêncio acaba sendo considerado até um favor à ‘democracia’”, replicou Carlos Bolsonaro.
A declaração ocorre um dia após parlamentares bolsonaristas terem contas suspensas em redes sociais, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em virtude do compartilhamento de desinformação a respeito das urnas eletrônicas. Dentre os punidos estão os deputados federais Major Vitor Hugo (PL-GO), Coronel Tadeu (PL-SP), e dos deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO).
Em outro post resgatado, o vereador se queixou ainda do que chamou de “perseguição” e falta de isonomia por parte da Justiça Eleitoral. “O problema é que depois que perseguir alguns se torna legítimo. Perseguir outros se torna questão de tempo e oportunidade! Fica clara a diferença entre quem rebate mentiras/ataques com palavras, sejam elas duras ou não, e quem persegue aqueles que não rezam sua cartilha”, disse o filho de Bolsonaro sobre a atuação do TSE para coibir a disseminação de informações falsas sobre fraude eleitoral ou discursos que motivem atos antidemocráticos.