Aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) se juntou a outros caciques de seu partido na crítica à chamada PEC da Transição proposta pelo PT.
A proposta de emenda à Constituição abre espaço no Orçamento da União de 2023 para viabilizar o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família de R$ 600, e o aumento real do salário mínimo.
Na avaliação de Eunício, conforme publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, que se elegeu deputado federal este ano, a PEC servirá apenas para o Centrão tentar negociar cargos e a continuidade do “orçamento secreto” com Lula.
“Não precisa de PEC. Essa história de PEC é para poder negociar cargos, negociar ‘orçamento secreto’, negociar um monte de coisa. Então, acho que Lula tem que ouvir outras pessoas e não inventar essa história de PEC”, afirmou o emedebista.
Com a crítica, o emedebista cearense se junta a caciques do MDB como o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Também aliado de Lula, Renan criticou a PEC da transição na quinta-feira (3). No caso do senador alagoano, há também uma questão regional. Em Alagoas, Renan é adversário político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que está negociando a aprovação da PEC com o PT.