Eleitor de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) declarou voto crítico no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa ao Palácio do Planalto. Segundo ele, o “desastre do governo atual em áreas fundamentais” impõe voto no petista.
Por meio das redes sociais, ele afirmou que no último pleito fez escolha pelo atual chefe do Executivo “baseado na crença no fortalecimento do combate à corrupção”, mas disse ter cometido um erro, ao apontar “4 anos de desmonte e aparelhamento das instituições, bem como o sequestro do Orçamento Público por interesses privados”, na gestão Bolsonaro.
O parlamentar disse não se sentir representado pelos candidatos que se apresentam neste segundo turno, mas afirmou que, por rejeitar a omissão, fez sua escolha a partir de critérios como respeito à democracia, resgate da educação pública e preservação do meio ambiente. “Não vejo combate à corrupção inserido em nenhum dos projetos”, ponderou.
“Sigo JK [Juscelino Kubitschek], sobre não ter compromisso com o erro. Os citados critérios impõem o voto em Lula, diante do desastre do governo atual em áreas fundamentais”, afirmou Vieira, segundo o qual, após as eleições é preciso construir alternativas políticas que permitam o voto “por esperança e não por rejeição”.
Nos últimos dias, o senador vem fazendo uma série de críticas a Bolsonaro, a quem atribui uma série de ações “absurdas” com intuito de “tumultuar as eleições”. “Teorias conspiratórias, fakenews e tentativa de manipulação das instituições. É uma avalanche de mentiras tentando tirar de foco o caso Roberto Jefferson e as pesquisas negativas. A democracia pede socorro”, disse Alessandro Vieira, que também cobra esclarecimentos a respeito a ação da Polícia Federal contra o cacique do PSB, que deu tiros de fuzil e atirou granadas contra agentes que cumpriam mandado de prisão, no último domingo (23).