Na reta final da campanha eleitoral, há duas semanas para o 1º turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em busca de um avanço entre os evangélicos, grupo onde o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta uma larga vantagem, segundo as últimas pesquisas eleitorais. Na Bahia, o candidato ao Governo do Estado pelo PT, Jerônimo Rodrigues, se reuniu com os fieis, na noite desta segunda-feira (19), e destacou a importância do apoio das diversas denominações, entre elas, representantes das Igrejas Assembleia de Deus, Batista, Adventista do Sétimo Dia, Presbiteriana e Imperial do Reino de Deus.
“As igrejas são ambientes de cuidado com o próximo. Reconheço o trabalho social de tantos espaços de culto em nosso estado que abraçam e atendem quem mais precisa, garantindo a subsistência dos que se achegam, ajudando a comunidade em suas necessidades mais particulares”, afirmou o petista, ao lembrar do apoio das igrejas durantes as enchentes que a Bahia enfrentou no último ano. “O trabalho dos evangélicos foi muito importante para fazer chegar comida, roupa, móveis na mão dos desabrigados. É preciso que o Estado siga reconhecendo esse papel”, disse o postulante.
Na ocasião, Elmo Luciano, representante da Igreja Adventista, declarou apoio ao ex-presidente Lula. “Nós temos a necessidade de eleger Lula. O momento que as igrejas mais cresceram foi nos governos Lula, porque Lula deu condições para muita gente trabalhar, um momento em que o povo avançou e garantiu comida na mesa e supriu sua necessidade”, disse.
A pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (15) apontou que Lula conseguiu reduzir sua distância para Bolsonaro entre evangélicos, de 23 para 17 pontos percentuais. O petista marcou 32% das intenções de voto dentro desse segmento, ante 49% do atual presidente e candidato a reeleição.
O levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo foi realizado entre os dias 13 2 15 de setembro. Ele tem a margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e ouviu 5.926 eleitores em 300 municípios. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04099/2022.