“Nós não sabemos absolutamente nada do que consta nessa caixa secreta do orçamento federal. É um governo que não planeja nada, não sabe onde quer chegar, nunca soube e, por isso, nunca apresentou políticas públicas sérias com responsabilidade fiscal. Ninguém faz social sem ter responsabilidade fiscal”, respondeu a candidata sobre planos para organização econômica numa futura gestão dela.
Segundo a presidenciável, há ainda um “descontrole da máquina pública” que leva à desvalorização do câmbio.“O dólar sobe, tudo no Brasil é precificado em dólar, você vê uma inflação que corrói o salário do brasileiro”, disse. “Temos que focar na macroeconomia brasileira”, apontou.
Para a senadora, a solução para essas questões está em eleger uma candidatura de centro, “que, com moderação, equilíbrio e diálogo, é capaz de dialogar com todas as frentes”, disse.
Durante a entrevista, a candidata se comprometeu a aprovar uma reforma tributária, classificada por ela como a ‘vacina econômica’, nos primeiros seis meses de governo.
“Temos que obviamente fazer as reformas, enxugando de um lado, e do outro, abrir o crédito”, completou.
Simone também disse que o País não vai crescer só com orçamento público, mas pode contar com a iniciativa privada.
“Não tem dinheiro público para tudo, mas tem na iniciativa privada. Os investimentos privados nacionais e internacionais não investem no Brasil porque não tem segurança jurídica, não tem previsibilidade, não tem responsabilidade. A macroeconomia brasileira fica sujeita a crises artificiais geradas pela política no Brasil.”
A congressista afirmou que não existe “fórmula mágica”. “Sou liberal na economia, mas me recuso a aceitar que existe uma única fórmula mágica. O fiscalismo sem alma de um lado ou estatizar tudo de outro”, completou.