Governo brasileiro condena tentativa de homicídio a Cristina Kirchner

/Agência Brasil/ND/

O governo brasileiro condenou e classificou como injustificável a tentativa de homicídio contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite dessa quinta-feira. Em nota oficial, o Palácio do Itamaraty repudiou toda e qualquer forma de violência com motivação política.

Cristina chegava em casa, no bairro da Recoleta, na capital Buenos Aires, por volta das 9 horas da noite. Foi quando o brasileiro residente na Argentina Fernando André Sabaj Montiel, de 35 anos, se aproximou entre os apoiadores e tentou, por duas vezes, disparar uma arma contra o rosto dela. De acordo com a polícia, a arma estava carregada e pronta para atirar, mas falhou.

Segundo informações da agência pública de notícias argentina, Télam, Fernando foi preso em flagrante e passou a noite na carceragem da Polícia Federal. A justiça já pediu imagens de câmeras de segurança e autorizou a quebra de sigilos para saber o que motivou o atentado e se ele agiu sozinho.

O brasileiro é investigado por tentativa de homicídio e vai depor amanhã, depois que os investigadores tiverem acesso às primeiras provas, colhidas no telefone celular, nas redes sociais dele e nesse primeiro dia de apuração. Uma perícia psiquiátrica concluiu que Fernando tem consciência de seus atos.

Cristina Kirchner prestou depoimento à juíza que conduz a investigação e a um representante do Ministério Público. Outras 30 pessoas se apresentaram como testemunhas e pelo menos oito delas já foram ouvidas. O policiamento no entorno da casa da vice-presidente está reforçado.

O presidente argentino Alberto Fernández decretou feriado nacional nesta sexta, para que a população pudesse se manifestar em defesa da democracia. Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos foram às ruas em diversas cidades, incluindo a capital, Buenos Aires, onde marcharam até a Praça de Maio. A expectativa é que Cristina Kirchner participe do ato nos próximos minutos e se pronuncie publicamente pela primeira vez desde o atentado.

Edição: Raquel Mariano / Beatriz Arcoverde

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