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O escritor indiano naturalizado inglês Salman Rushdie, ameaçado de morte por extremistas seguidores do Aiatolá Khomeini desde os anos 1980, foi atacado e esfaqueado com 10 a 15 golpes nesta sexta-feira, 12, minutos antes de dar uma palestra em Chautauqua, no estado de Nova York.
Com ferimentos no pescoço, Rushdie foi levado de helicóptero para um hospital local e submetido a um processo cirúrgico, segundo informou o agente do escritor, Andrew Wylie, ao jornal americano The New York Times. Mas o estado de saúde dele ainda não foi confirmado.
Algumas testemunhas disseram aos policiais que viram um homem correndo no palco e agredindo Rushdie enquanto ele estava sendo apresentado para fazer uma palestra sobre liberdade artística. Um repórter da agência de notícias Associated Press que presenciou o ataque disse que o escritor sofreu de 10 a 15 golpes.
O autor caiu no chão quando o homem o atacou, e foi então cercado por um pequeno grupo de pessoas que suspendeu suas pernas, aparentemente para enviar mais sangue para a parte superior de seu corpo, enquanto o agressor foi contido e preso. Segundo a polícia, o moderador do evento também foi atacado e sofreu um pequeno ferimento na cabeça.
As autoridades identificaram o suspeito como Hadi Matar, de 24 anos, morador do distrito de Fairview, em Nova Jersey (EUA). Em entrevista coletiva, o major Eugene Staniszewski disse que Matar tinha um ingresso para acessar o evento, entrou na instituição normalmente, como os outros espectadoresm e foi preso por um policial que trabalhava no local. A motivação dos ataques ainda não foi esclarecida.
Kathleen Jone, uma das cerca de 2.500 pessoas que estavam na plateia, disse que o agressor estava vestido de preto e usava uma máscara preta. “Achamos que talvez fosse parte de uma intervenção para mostrar que ainda há muita controvérsia em torno deste autor. Mas ficou evidente em poucos segundos que não era”, disse.