Foto Senado/
Para Calheiros, se a candidatura dela for mantida, a sigla pode encolher nos estados por falta de apoio. Na disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Calheiros quer que o partido apoie o petista.
“Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitividade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados. A persistir a obsessão não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção”, escreveu ele nas redes sociais.
Em resposta, a senadora reafirmou a candidatura e criticou a ala do MDB que busca aliança com Lula. De acorco com ela, tratam-se dos “caciques” que sempre estiveram com Lula, em governos anteriores. “Só vejam a fotografia… Tem cheiro de naftalina. Ela remete aos mesmos erros do passado”, afirmou.
A candidatura de Tebet, no entanto, é defendida pela cúpula nacional do partido. O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, assegurou que 19 lideranças estaduais estão com a senadora nessas eleições. Ele negou que haja um racha dentro do partido. “Conversei há pouco com alguns dirigentes do MDB que supostamente estariam com outro candidato à presidente. Eles me garantiram que vão apoiar Simone Tebet na convenção que vai homologá-la candidata. Decidimos por maioria, respeitando as minorias. Teremos apoios nos 27 estados”, publicou nas redes sociais esta semana.
Ao participar de primeiro evento de campanha com o PSDB, organizado pelo prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, Tebet foi questionada sobre ameaças de eventual judicialização da convenção nacional do MDB, marcada para quarta-feira, dia 27. A senadora disse que sua candidatura “é pra valer” e “já está incomodando”.
“A minha candidatura é para valer e aí está a prova de que já está incomodando”, disse. “E por que não tentaram isso lá atrás? Porque não acreditavam que nós iríamos levar até o final. Mas nossa candidatura é em defesa do Brasil, que precisa ser devolvido aos brasileiros, e vai ser devolvido da forma mais importante, com um governo afetivo, que atende aos interesses das pessoas com amor, com determinação. É o coração de mãe que vai estar dia 1° de janeiro 2023 governando este país”, disse à imprensa.