Os quatro principais suspeitos pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips devem ficar presos por tempo indeterminado na superintendência da Polícia Federal, em Manaus, capital do Amazonas. Como a prisão temporária de um dos suspeitos estava vencendo, a Justiça Federal decretou a preventiva dos quatro investigados.
Todos são suspeitos de envolvimento nas mortes de Bruno Pereira e Don Philips, na região do Vale do javari, na Amazônia, em 5 de junho deste ano. Eles foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados durante uma expedição, na região, onde ocorrem casos de tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.
A decisão da justiça federal ocorreu após a justiça de Atalaia do Norte, interior do Amazonas, entender que a motivação dos assassinatos tem relação com o direito dos povos indígenas, caso que exige competência federal para ser julgado.
Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, serão transferidos para Manaus nos próximos dias.
O quarto envolvido nas mortes é Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Já investigado pela Polícia Federal, o suspeito foi preso por utilizar documentos falsos. Apesar de ter negado envolvimento nos assassinatos, o quarto homem é investigado por ter ligações com Amarildo, o pelado, e pode ser um dos financiadores da pesca ilegal em terras indígenas.
Edição: Ana Lúcia Caldas/Edgard Matsuki