Quase oito meses após o leilão do 5G, a tecnologia finalmente vai estrear nesta quarta-feira (6) em solo brasileiro, especificamente em Brasília (DF), após liberação recente da Anatel. Aos poucos, a tecnologia deve começar a figurar em outras capitais do Brasil.
Neste primeiro momento, TIM e Claro vão passar a ofertar 5G na região na frequência de 3,5 GHz, a mais usada em países que já implementaram a tecnologia, com diferentes características e estratégias de preço.
Antes de tudo, é preciso lembrar que, para navegar no 5G, é preciso ter um smartphone ou tablet que ofereça o suporte para a tecnologia. Já há vários desses modelos no Brasil, e eles são predominantes entre os novos lançamentos.
O 5G é mesmo muito rápido
A repórter afirma que, ao andar pela cidade de San Francisco, na Califórnia, ela encontrou diferentes velocidades de 5G para download, que variam entre 160 e 361 Mbps (sigla para “megabits por segundo”, unidade de medida de velocidade de internet). As velocidades estão muito acima do que Nguyen encontrou quando fez downloads em 4G, quando elas ficaram em torno de 55 a 144 Mbps.
A rapidez é ainda mais impressionante quando se considera que a velocidade média da internet de todos os EUA foi de 99,3 Mbps ao longo de 2021.
Um detalhe: a variação na velocidade atestada pela jornalista se dá porque, ao andar, passamos por prédios altos, árvores e outros obstáculos que interferem no oferecimento do sinal. Todos nós já sentimos isso ao tentar usar o 4G, por exemplo, numa garagem subterrânea, onde o sinal chega de forma muito menos intensa.
Mas a bateria sofre
A repórter então fez uma comparação entre o 5G e o 4G usando dispositivos diferentes, cada um configurado para utilizar uma dessas tecnologias de internet móvel. Para isso, colocou ambos para reproduzirem um vídeo longo no YouTube, de imagens relaxantes do oceano, com a qualidade de vídeo configurada em “Auto” no player.
Esse é um detalhe importante: ao configurar a qualidade de vídeo para “Auto”, o player do YouTube busca alguns fatores (como tipo de conexão e tamanho de tela) para encontrar a qualidade ideal de transmissão de vídeo ininterrupta, ou seja, sem ter que parar para carregar.
Os aparelhos escolhidos por Nguyen foram todos da Apple: no novo iPhone SE (2022) e no iPhone 13 Pro, ela fez o teste utilizando 4G e 5G oferecidos pela operadora T-Mobile. Já no iPhone 13 Mini e no novo iPad Air, ela fez o teste usando 4G e 5G de outra operadora, a Verizon.
Assim, o iPhone SE durou uma hora a mais no 4G do que no 5G, enquanto o iPad Air e o iPhone 13 Mini duraram uma hora e meia a mais no 4G.
O mais impressionante, porém, foi o resultado do iPhone 13 Pro: embora ele tenha sobrevivido a 12 horas e 50 minutos de vídeo no 5G, ele ainda assim durou duas horas e meia a mais no 4G.
Mas fica uma ressalva: esse tipo de teste, como a própria Nguyen admite, não diz tanto sobre o tempo de duração da bateria, já que ninguém fica por horas com a tela ligada assistindo um único vídeo. Ele ajuda a evidenciar, porém, como o desempenho da bateria é mais exigida pelo 5G do que pelo 4G.