A Funai – Fundação Nacional do Índio divulgou que ampliou nesta terça-feira (07) as buscas pelo indigenista licenciado Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, desaparecidos na região do vale do javari, na Amazônia, próximo da fronteira com o Peru. Quinze servidores da FUNAI e da Força Nacional de Segurança Pública realizam as buscas sob a coordenação do Ministério da Justiça.
A Funai deslocou quatro embarcações para a região. Uma delas partiu da base de proteção etnoambiental Itui-Itaquaí; uma da base do Rio Quixito; e duas da cidade de Atalaia do Norte. As equipes da Funai já haviam percorrido a área partindo da base Ituí-Itaquaí junto com indígenas e conhecedores da região, mas nenhum vestígio foi encontrado. Embora o indigenista Bruno Pereira integre o quadro de servidores da Funai, ele não estava na região em missão institucional, pois estava de licença.
A Polícia Federal também enviou nesta terça-feira (07) à região mais uma aeronave com policiais federais e integrantes do Exército. Um helicóptero e uma moto-aquática das Forças Armadas fizeram buscas pela embarcação de pequeno porte usada pelos desaparecidos. A secretaria de segurança pública do Amazonas enviou reforço de vinte policiais e bombeiros.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública em conjunto com a Marinha do Brasil, iniciou as operações na região na segunda-feira (06). O comando militar da Amazônia também designou os militares da 16º brigada de infantaria de selva para participar das buscas.
Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram na manhã de domingo (05), quando faziam o percurso entre a comunidade de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, a 1.100 quilômetros de Manaus. A esposa do jornalista britânico, Alessandra Sampaio, fez um apelo nas redes sociais para que o marido e o indigenista sejam encontrados logo.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, na hipótese de o desaparecimento ter sido causado por atividade criminosa, providências serão tomadas para levar os responsáveis à justiça. Os familiares e colegas de trabalho dos desaparecidos devem ser mantidos informados sobre o progresso das buscas.
Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi