O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 10 dias para o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, se manifestar sobre um pedido do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) para impedir que trocas de delegados em diretorias estratégicas da corporação ocorram sem autorização judicial. A informação está publicada no site Uol.
O congressista pede que a medida fique em vigor até que inquéritos contra autoridades com foro privilegiado, como o presidente Jair Bolsonaro, sejam concluídos.
“Decisão importantíssima para evitar as interferências indevidas de Bolsonaro na PF, que segue tentando se blindar e proteger sua família às custas do interesse público!”, afirmou o senador. “Não podemos deixar que uma polícia de Estado se transforme numa polícia política.”
A publicação ressalta, ainda, que em março, o delegado Caio Rodrigo Pellim, superintendente regional da Polícia Federal no Ceará desde 2021, foi apontado para substituir Luiz Flávio Zampronha na direção do setor de Investigação e Combate à Corrupção do órgão.
É junto a esse departamento que, conforme o Uol, atua a Coordenação de Inquéritos —estrutura que cuida de investigações em trâmite no STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra políticos com foro privilegiado, como o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A mudança ocorreu depois de o governo federal trocar a direção-geral da corporação, substituindo o delegado Paulo Maiurino por Márcio Nunes, que era secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.