A Polícia Civil coseguiu identificar nove pessoas envolvidas no atentado ao ônibus do Bahia, ocorrido no dia 24 de fevereiro na Avenida Bonocô, próximo ao estádio da Fonte Nova. De acordo com a delegada Francineide Moura, titular da 6ª Delegacia Territorial (DT) de Brotas e responsável pelo caso, os suspeitos devem responder por tentativa de homicídio. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
“O atentado não foi feito com rojão, como tem repetido a defesa. Foram artefatos fortes e explosivos e poderiam ter causados danos muito graves”, disse Francineide, em coletiva à imprensa.
A delegada ainda ressaltou que, tudo leva a crer, que o crime foi premeditado. Imagens mostram uns integrantes da Bamor em um bar, aguardando a chegada de outras pessoas antes das bombas serem arremessadas em direção ao ônibus da delegação tricolor.
Francineide também falou sobre o álibi usado pelo presidente da Bamor, Half Silva, para não ser vinculado ao caso. “Ele disse que estava fora da cidade, em Feira de Santana, mas a defesa não apresentou nada para sustentar isso. É estranho o fato de, uma torcida tão apaixonada como a Bamor, não estar acompanhando o time quando jogam em Salvador”, afirmou.
Half Silva se tornou um dos principais suspeitos de participar do ato criminoso, após o carro identificado nas filmagens ter sido encontrado em sua posse, nos Barris, local onde ele mantém uma loja de informática.
No atentado, dois jogadores ficaram feridos: o goleiro Danilo Fernandes (com lesões próximas ao olho) e o lateral Matheus Bahia, com ferimentos nas mãos e pernas. O atacante Marcelo Cirino deixou o clube uma semana após o atentado.