Durante um discurso, nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de “irmão”.
Segundo o presidente brasileiro, os dois comungam pelos valores de “Deus, pátria, família e liberdade”. “Nos afinamos em praticamente todos os aspectos”, declarou Bolsonaro, que também expressou vontade de “fortalecer o relacionamento” comercial entre as duas nações.
Em seu discurso, Bolsonaro ainda tratou de questões relativas à tensão nas fronteiras entre Rússia e Ucrânia – sendo o último um país fronteiriço com a Hungria – e disse compartilhar “sentimentos” sobre sua visita a Moscou, onde se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin.
Ele também se reuniu com o presidente húngaro, János Áder.
Segundo Bolsonaro, Áder questionou-o acerca do desmatamento na Amazônia.
“Tive a oportunidade de falar pra ele [János Áder] o que representa a Amazônia para o Brasil e para mundo. Muitas vezes as informações dessa região chegam para fora de forma bastante distorcida, como se fôssemos grandes vilões no que leva em conta a preservação da floresta e a destruição, coisa que não existe”, declarou, apesar do desmatamento em 2021 na região ter sido o maior nos últimos 10 anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Viktor Orbán também afirmou ter tratado com Bolsonaro de questões relativas à democracia. “A Hungria é um país democrático, essa questão também é importante porque estamos falando de uma questão bem estabelecida”, declarou.