O presidente Jair Bolsonaro regulamentou, nesta quinta-feira (10), a Medida Provisória 1.090, que estabelece diretrizes para a renegociação de débitos dos contratos do Fies (Financiamento Estudantil). O programa tem mais de um milhão de estudantes inadimplentes, e o início das negociações para quitação das dívidas está previsto para 7 de março.
Para ter o nome retirado dos cadastros restritivos de crédito, os beneficiários deverão pagar o valor da entrada no ato da renegociação, correspondente à primeira parcela – o valor mínimo é de R$ 200. A operação poderá ser realizada de forma integral nos canais de atendimento disponibilizados pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.
Durante discurso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou a medida de renegociação de dívidas para estudantes como “ato de extraordinária generosidade” por parte do chefe do Executivo.
“Um milhão e 200 mil jovens que não tinham mais esperança, não tinham para onde ir, devendo R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$ 40 mil, e sem emprego. Por isso, o presidente está fazendo um ato de extraordinária generosidade, mostrando a sensibilidade do governo e dando forças para uma juventude que precisa se recolocar no mercado de trabalho”, disse.
Guedes relembrou a polêmica em que, no primeiro semestre do ano passado, criticou o Fies e disse que o programa bancou filho de porteiro que tirou zero nas provas acadêmicas. O titular disse que a fala que gerou reações era “fake” e voltou a defender um voucher para os estudantes.