O prefeito Bruno Reis afirmou nesta segunda-feira (7), durante a inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Nossa Luta, em Salvador, que ainda aguarda uma resposta do governo federal sobre o pedido de subsídio feito à ministra-chefe da Secretaria de Governo do Brasil, Flávia Arruda, por prefeitos das capitais, sobre a crise no transporte público.
“Na semana passada estive em São Paulo no gabinete do prefeito e me reuni com outros prefeitos e a ministra Flávia Arruda em busca de subsídios para o transporte público no Brasil. Inclusive, nos comprometendo que, caso tivesse esse subsídio, nós não daríamos reajuste na tarifa. Estamos aguardando uma posição do governo federal quanto a isso. Mas posso assegurar que hoje nós rodamos com uma quantidade da frota muito maior do que a quantidade de passageiros transportados e não há mais como aumentar do que já estamos rodando nos horários de pico. É muito fácil estar em casa de praia, no ar-condicionado dando palpites e sugestões sem conhecer a dura realidade que vive o transporte público do Brasil. Esse é o problema mais sério que está na mesa dos prefeitos no Brasil”, afirmou Bruno.
Segundo o prefeito, atualmente, Salvador opera com uma frota de ônibus maior do que a quantidade de passageiros transportados por mês pelo sistema, o que resulta, segundo ele, num desequilíbrio no setor.
“Hoje nós estamos com um número de passageiros transportados bem menor do que antes da pandemia. Chegamos a transportar 28 milhões de passageiros por mês e caímos para 10 durante a pandemia e agora estamos com 14 milhões, praticamente a metade. Tudo na vida tem um preço. E todos sabem o que nós pagamos de desequilíbrio na pandemia em 2020 e 2021. A prefeitura não tem mais condições de assumir essa responsabilidade, tanto que estamos lutando por subsídio”, completou.