A direção do PT pretende divulgar uma carta, com título provisório de ‘Resistência, Travessia e Esperança’, na qual defenderá a aliança com ex-adversários políticos. O documento será uma sinalização ao ex-tucano Geraldo Alckmin, cotado para ser vice na chapa do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva.
A legenda conversa com outros oponentes do passado. O entorno de Lula buscou o diálogo com o presidente do PSDB do Paraná, Beto Richa, e é costurado um encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.O comando do PT ainda tenta atrair o PSD, comandado por Gilberto Kassab, para a campanha de Lula ao Palácio do Planalto.
Segundo o Estado de S. Paulo, o documento defenderá que “o momento exige pactos sobre valores necessários para de novo unir o Brasil”. O texto foi preparado para um seminário da liderança do PT na Câmara, que ocorrerá em Brasília, na segunda e terça-feiras, e contará com a participação virtual de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.
O documento leva a assinatura da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; dos líderes na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e no Senado, Paulo Rocha (PA); do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, e do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann. A palavra final sobre alianças será do ex-presidente Lula, que tem mantido encontros com membros da “velha guarda” do PSDB.
O líder na Câmra defendeu a dobradinha com Alckmin e disse que o possível apoio à candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo de Minas pode pavimentar o caminho para que a legenda presidida por Gilberto Kassab também apoie Lula já no primeiro turno.
Kassab é o padrinho oficial da candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Planalto. Foi ele quem chamou Pacheco para trocar o DEM pelo PSD e lançou o nome dele como presidenciável.