Nesta ultima segunda-feira, o secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, afirmou que a cidade “não vai comportar” a alta demanda de pacientes do interior do estado que vêm se tratar na capital. “Eu fui diretamente nas UPAs, funcionando aos fins de semanas, os multicentros, a vacinação. Precisamos que todos façam esforço, governo federal, do estado, as prefeituras, porque sozinhos não vamos suportar. A gente ouve falar que o Ministério [da Saúde] quer reduzir o financiamento para as prefeituras. Seria o colapso final do Sistema de Saúde, porque a maioria não vai suportar”, disse.
O prefeito Bruno Reis, destacou que a capital tem realizado “uma série de manobras” para evitar problemas, e garantiu que, “neste momento, não há como ter um colapso no Sistema de Saúde”. Na opinião do gestor, colapso significa “fechar a porta da UPA [Unidade de Pronto Atendimento] e deixar de atender”.
De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta segunda-feira (10) a Bahia registra uma taxa de ocupação de 44% nas enfermarias adulto, 68% nas enfermarias pediátricas. Já as unidades de tratamento intensivo (UTIs) têm uma ocupação de 83% na pediátrica e 63% na adulto.
Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio estes são dados alarmantes. “Se a gente for pegar os dados, e pegar os critérios que foram utilizados anteriormente, o próprio dado já diz qual é a etapa que devemos entrar. Eu comemorei essa coerência no decreto diminuindo o número de público nos eventos (entenda aqui). Mas 3 mil pessoas ainda é um número muito grande. Eu acho que precisa unificar as decisões”, comentou.