A França se prepara para um mês de janeiro com hospitais lotados, que enfrentam ondas simultâneas de casos de Covid, gripe e gastroenterite. O alerta foi dado pelo ministro francês da Saúde, Olivier Véran, durante uma entrevista à rádio France Inter, nesta segunda-feira (3).
“O risco que corremos com a ômicron é o da saturação de leitos hospitalares convencionais em nossos hospitais”, afirmou o ministro francês. “A ômicron é menos perigosa, causa menos casos de desconforto respiratório agudo e a necessidade de leitos de UTI é menor em relação a outras variantes. No entanto, pacientes mais sensíveis, podem apresentar quadros de febre alta, que precisam de três ou quatro dias de oxigênio, o que aumenta o fluxo de pacientes em leitos convencionais”, explicou o ministro.
Na semana passada, a França bateu recordes de novas contaminações de Covid-19 e tem o índice mais alto de casos de toda a pandemia: 1.518 pacientes por 100 mil habitantes, conforme o último relatório da agência Santé Publique France. A transmissão no país é provocada por duas variantes: a delta, mais perigosa, e a nova cepa, ômicron. Vários estudos preliminares mostram que ela provoca formas menos graves e atinge principalmente o trato respiratório superior.
Nas próximas semanas, as 200 mil infecçõexdiárias deverão repercutir nos hospitais, que já enfrentam o aumento dos casos de gripe e de gastroenterite, típicas do inverno francês.
O governo francês também pretende aumentar a pressão sobre os cerca de 5 milhões de franceses acima dos 12 anos que ainda não se vacinaram.
(RFI e AFP)x