O contrato do ex-juiz Sergio Moro com a consultoria Alvarez & Marsal foi encerrado e valerá até hoje (31). Com o acerto do distrato, Moro fica livre para se filiar ao partido político Podemos, o que já está agendado para acontecer no dia 10 de novembro, em Brasília. As informações são do O Globo.
Inicialmente, o contrato de Moro iria até 31 de outubro de 2022, mas ele foi rescindido para acabar no final deste mês. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
Procurada, a Alvarez & Marsal não confirma a informação, mas fontes da reportagem informam que o fim do relacionamento entre Moro e a empresa de consultoria já foi acertado. Em 1º de novembro, um comunicado oficial deverá ser divulgado pelas partes.
O Podemos pretende lançar o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na disputa pela Presidência da República. O partido já previa começar os preparativos para o anúncio da filiação a partir de 1º de novembro, quando Moro já estará sem ligação com a Alvarez & Marsal.
No fim de setembro, Moro veio ao Brasil para conversas com membros do Podemos, o que reafirmou o convite para a disputa presidencial. Caso realmente aceite entrar na disputa pelo Planalto, ele teria pela frente não apenas Bolsonaro, cujo governo integrou até abril de 2020, mas também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi condenado por Moro em processos da Operação Lava Jato.
Em razão disso, Lula foi preso e ficou impedido de disputar eleições. Este ano, porém, o STF (Supremo Tribunal Federal) disse que Moro foi parcial na condução dos processos e anulou suas sentenças contra Lula, o que devolveu os direitos políticos ao petista.
Em pesquisa do PoderData divulgada na última quarta (27), Moro aparece com 8% das intenções de voto. Em terceiro lugar, ele fica atrás de Bolsonaro, com 28%, e Lula, 35%.
No Podemos, a expectativa é que, caso haja confirmação da candidatura, Moro conseguirá dobrar o índice atual “facilmente” nas pesquisas de intenção de voto.
Em razão do contrato com a Alvarez & Marsal, Moro não podia fazer manifestações que fossem além de temas ligados à sua atuação na empresa. Suas mensagens mais recentes em sua página no Twitter, por exemplo, tratam de temas como combate à corrupção e improbidade administrativa.
Foto: Agência Brasil