Ex-governador da Bahia e atual senador pelo PT, Jaques Wagner disse que estará no palanque de qualquer um contra Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno em 2022.
“Meu candidato é Lula. É quem acredito enquanto político e como ser humano. Mas, se por alguma surpresa, Lula não estiver no segundo turno, estarei em qualquer palanque contra esse senhor que hoje ocupa a presidência. Nem precisa me convidar. Estarei lá”, disse o petista , em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
Wagner também fez duras críticas à Lava-Jato, que, segundo ele, ajudou a criminalizar o PT e a política brasileira. “Eles atacaram tanto o PT e acharam que isso ia fazer com que o outro lado que sempre polarizou com a gente, ou seja o PSDB e seus aliados, venceriam as eleições. Mas quem ganhou foi o genérico. Foi o maluco de marca. Esse senhor não sabe para onde vai. Não conhece nada. É raso, raso. Agora estão desesperados e falando em terceira, quarta, sexta via. Quem quer ter projeto para o Brasil, se apresente. Mostre sua alternativa”, disse.
Wagner também comentou sobre o Congresso Nacional e disse que o mesmo foi “domesticado” pelo orçamento paralelo de Bolsonaro. “É uma farra de distribuição de emenda. No Senado, ainda é um pouco mais controlado, porque tem muito ex-governdores, mas na Câmara, claro que tem muitas exceções, é uma corrida do ouro para a disputa dessas emendas. Isso tira o poder de independência do Congresso e sua força de fiscalizar o presidente”, disse.
Segundo Wagner, nas prefeituras também existe essa cooptação. “Os prefeitos, coitados, tão lá precisando de dinheiro e quando chegam as emendas eles concordam. Mas eu sempre digo a eles que, a mesma mão que traz a emenda, é a que mete a faca no seu povo”, afirmou.
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