Apesar da queda significativa nos números da Covid, o país deve manter as medidas preventivas para bloquear a circulação do coronavírus. O alerta de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz está na última edição do Boletim Observatório Covid 19, divulgado nesta quinta-feira (07).
A redução sucessiva nos registros de casos e óbitos, além da taxa de ocupação de leitos no SUS permanecer em patamares baixos na maioria dos estados brasileiros, evidenciam, segundo a Fiocruz, o sucesso da vacinação na prevenção de formas graves e fatais da doença.
No entanto, o pesquisador do Observatório Fiocruz Covid-19, Daniel Villela, ressalta que ainda é essencial manter medidas preventivas, já que atualmente o país tem pouco mais de 40% da população com o esquema vacinal completo. Ele defende também que seja exigido o comprovante de vacinação para a presença em eventos.
O Boletim aponta que desde meados de julho, o Índice de Permanência Domiciliar se encontra próximo de zero, o que indica que a intensidade de circulação de pessoas nas ruas é praticamente igual a que era observada antes da pandemia.
O Brasil tem registrado cerca de 500 óbitos por dia, uma queda expressiva em relação ao pico observado em abril, quando foram notificados mais de 3 mil óbitos diários. No entanto, ao longo da última semana, foi verificada a média diária de 16.500 casos de Covid, o que corresponde a uma ligeira alta de 0,4 %. O pesquisador Daniel Villela destaca que os números ainda demonstram a permanência da transmissão e são considerados altos.
Em relação às taxas de ocupação de leitos dedicados à Covid, o estudo da Fiocruz aponta que o quadro geral é favorável. Na maioria dos estados, os índices são inferiores a 50%. Apenas o Espírito Santo se mantém na zona de alerta intermediário desde 20 de setembro, com taxa de ocupação de 75%. E, o Distrito Federal voltou à zona de alerta crítico, com taxa de 83% de ocupação.
Edição: Jacson Segundo / Guilherme Strozi