O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai determinar que a Polícia Federal ouça Tatiana Garcia Bressan, ex-estagiária do gabinete do colega de Corte Ricardo Lewandowski, apontada como “informante” do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O aliado do presidente Jair Bolsonaro é alvo dos inquéritos das fake news e também da investigação sobre o financiamento de atos antidemocráticos.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai determinar que a Polícia Federal ouça Tatiana Garcia Bressan, ex-estagiária do gabinete do colega de Corte Ricardo Lewandowski, apontada como “informante” do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O aliado do presidente Jair Bolsonaro é alvo dos inquéritos das fake news e também da investigação sobre o financiamento de atos antidemocráticos.
As conversas entre Allan e a ex-estagiária tiveram início em outubro de 2018 e se estendem até março de 2020. O depoimento da ex-estagiária deve ocorrer no âmbito do inquérito das fake news, uma das investigações que tramitam junto ao STF e são sensíveis ao Planalto. O próprio Bolsonaro é alvo das apurações, em petição que tramita ligada à investigação principal e mira os ataques e ameaças do chefe do Executivo às urnas eletrônicas.
Nas investigações que miram aliados do presidente, Allan é figura notória. Em setembro de 2020, foram apreendidas mensagens pela PF que revelavam a interlocução do bolsonarista com assessores do presidente. Em um dos diálogos, o blogueiro sugere “intervenção” das Forças Armadas. Ele também teria contado com a ajuda do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para obter passaportes e deixar o país rumo aos Estados Unidos, onde vive atualmente.
Sobre a ex-estagiária, Lewandowski disse que “é lamentável que a Suprema Corte tenha sido infiltrada por uma pessoa sem compromisso com a ética pública e a democracia”.