A chamada “bandeira da escassez hídrica” não vai ser suficiente para conter os gastos extras para geração de energia elétrica. Ela precisaria subir 27% para dar conta das despesas provocadas pela falta de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas. É o que aponta os cálculos da consultoria Megawatt de acordo com o site UOL.
A nova bandeira tarifária, que deve durar até abril do ano que vem, provoca uma cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 KW/h consumidos. Ainda assim, segundo o estudo, isso causaria um deficit de R$ 5 bilhões para cobrir os gastos adicionais.
De acordo com a presidente da consultoria, Ana Carla Petti, para cobrir esse deficit, o ideal seria a taxa subir para R$ 18 a cada 100 KW/h consumidos. A consultoria informa ainda que a arrecadação estimada com a nova taxa deve ser de R$ 24 bilhões. Entretanto, os gastos provocados pela escassez de chuvas e a consequente necessidade de ligar a todo vapor usinas térmicas, que são fontes de energia muito mais caras que as hidrelétricas, terão um gasto de aproximadamente R$ 29 bilhões.
Ainda de acordo com Petti, o gasto com o chamado risco hidrológico é o fator que mais pesa nessa conta: R$ 20 bilhões.
A consultoria informa também que a cada R$ 1 bilhão de despesas descobertas no setor, o consumidor pode ter de arcar com até 1 ponto percentual da alta na conta de luz. Isso significa que se o deficit de R$ 5 bilhões se concretizar até o ano que vem, as empresas de energia poderão repassar um aumento de cerca de 5% ao consumidor.
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