Bahia já registrou 18 casos da Doença de Haff neste ano e Sesab alerta para cuidados

O estado da Bahia  recebeu, esse ano, a notificação de 18 casos da Doença de Haff, caracterizada pela coloração escura da urina das pessoas acometidas pela enfermidade. Foram 13 casos confirmados em Salvador  e em outros quatro municípios.

De acordo com a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Eleuzina Falcão, a doença está relacionada ao consumo de peixes.

“Os sintomas são dores musculares, dormência, perda de força, mudança na coloração da urina. Diante desses sintomas, após a ingestão de peixe, é muito importante que se busque imediatamente uma unidade de saúde.”, explicou Falcão, em conversa com o programa Isso é Bahia, da Rádio A Tarde FM, nesta segunda-feira, 13.

“É importante ficar atento aos locais onde estamos adquirido os pescados. Checar se as normas sanitárias estão sendo obedecidas, se os produtos estão bem conservados, não só para peixes, mas para qualquer outro tipo de alimento”, observou.

A Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão. Como ela é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

O quadro descrito nos pacientes graves é compatível com a rabdmiólise, doença que destrói as fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de peixes, a síndrome é conhecida como Doença de Haff.

Foto: Agência Brasil

 

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