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O domingo (12/09) foi marcado pelas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, convocadas em 15 capitais. Os protestos, organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua (VPR), a princípio, mantinham o slogan “Nem Bolsonaro, nem Lula” e tinham apoio apenas de partidos liberais, que buscam pela terceira via para as eleições de 2022. Após os atos pró-Bolsonaro no feriado da Independência, os grupos resolveram convidar a esquerda para unir forças pelo impeachment do presidente.
Em Salvador, o protesto pró-impeachment organizado pelo Livres teve a presença de algumas dezenas de pessoas. No âmbito nacional, as manifestações foram convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR), mas a capital baiana ficou de fora da programação.
Logo pela manhã, os atos contra o governo começaram no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, em Brasília, ainda ocorria movimento pró-Bolsonaro, com baixa adesão da população. À tarde, foi a vez de a oposição se reunir na Esplanada dos Ministérios, na capital federal, e na Avenida Paulista, em São Paulo. Apesar de o número de participantes ter sido bastante inferior ao visto em 7 de setembro, a diversidade de espectros políticos entre os manifestantes foi o que chamou a atenção.
A unificação, apesar da baixa adesão, foi confirmada neste domingo, quando a pluralidade política e a ideológica se misturaram entre as bandeiras nas ruas. O verde e amarelo e o vermelho conviveram entre faixas e camisetas com frases em defesa da democracia e contra o autoritarismo de Bolsonaro. Muitos optaram pelas vestimentas brancas, como forma de mostrar imparcialidade.
Uma dessas pessoas foi Rodrigo Galletti, servidor público, de 45 anos, que participou dos protestos de forma apartidária. “Estou focado no Fora, Bolsonaro”, disse. “O país de Bolsonaro é um país armado, misógino e preconceituoso, baseado em um cristianismo distorcido. Não é o país que quero para mim, nem no presente, nem no futuro”, desabafou. Sobre a escolha da cor branca, completou: “Tomaram posse da nossa bandeira e das nossas cores”.
O protesto de 2 de outubro citado por Silva foi convocado pelo PT que, ao contrário de PDT, PCdoB e PSB, se recusou a participar das mobilizações deste domingo, sendo seguido pelo PSol na decisão. Um dos motivos para a resistência dos principais líderes de esquerda em apoiar o movimento é o fato de os dois grupos organizadores das manifestações terem encabeçado os protestos que levaram à derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.