A Polícia Federal confirmou a instauração de um inquérito para apurar a possível ocorrência de crime de falsidade ideológica cometida por quatro jogadores da seleção argentina de futebol, que teriam prestado informações falsas ao entrarem no país, onde jogariam contra a seleção brasileira pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
Com os dois times em campo, a partida foi paralisada nesta segunda-feira, 5, após 5 minutos de seu início. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia determinado que os jogadores argentinos fossem isolados no hotel e, posteriormente, deportados para a Argentina, mas a decisão não foi cumprida.
De acordo com orgão, o goleiro Emiliano Martínez, o zagueiro Cristian Romero, o volante Giovani Lo Celso e o atacante Emiliano Buendía mentiram ao preencher o formulário oficial de saúde do viajante. Eles jogam na Inglaterra, mas disseram que não estiveram recentemente no Reino Unido, Irlanda do Norte, África do Sul e Índia.
Os quatro também não fizeram o exame RT-PCR nem a quarentena, que são obrigatórios para quem passou por um desses quatro países. Ainda no sábado (04), a Anvisa comunicou que eles só poderiam sair do isolamento no hotel para deixar o Brasil. Mas os jogadores descumpriram essa determinação e foram nesse domingo (05) para a Neo Química Arena, em São Paulo.
Por isso, agentes da Anvisa e da Polícia Federal interromperam o clássico sul-americano aos 4 minutos e 50 segundos.
A Fifa informou que já recebeu os primeiros documentos sobre a partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. Em nota, disse que os órgãos disciplinares vão avaliar o que fazer. O jogo pode ser cancelado ou marcado para outro dia.
As duas seleções voltam a campo na quinta-feira (09), mas em partidas separadas. O Brasil enfrenta o Peru, na Arena Pernambuco, em Recife, e a Argentina joga contra a Bolívia, no Estádio Monumental de Núñez, na capital Buenos Aires.