O domingo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 foi das mulheres. Com três ouros, as atletas contribuíram para mais um dia cheio de medalhas para o Brasil, que conquistou ao todo quatro ouros e três bronzes. Mariana D’Andrea tornou-se a primeira brasileira campeã paralímpica no halterofilismo, assim como Alana Maldonado no judô e Maria Carolina Santiago venceu na natação, assim como Gabriel Araújo.
O primeiro ouro do dia saiu com Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg para conquistar o inédito ouro no halterofilismo, categoria até 73 kg. Ela chegou em Tóquio como líder do ranking mundial, após ser vice mundial em 2019.
Outra a fazer história, só que desta vez no judô (disputado por deficientes visuais), foi Alana Maldonado, na categoria até 70kg. Ela superou a georgiana Ina Kaldani na final com um wazari ainda no começo da luta. “Não caiu a ficha ainda. Eu queria fazer história, conquistar o primeiro ouro paralímpico, assim como fiz no Mundial. Não tenho palavras para explicar”, celebrou.
E não foi a única medalha no judô. Meg Emmerich foi bronze na categoria acima de 70kg. Por outro lado, pela primeira vez em sete Paralimpíadas, Antônio Tenório ficou sem medalha, ao perder a disputa pelo bronze para o uzbeque Sharif Khalilov por ippon no golden score.
Já na natação, mais dois ouros para o Brasil, que chegou a 97 na história das Paralimpíadas. Após 17 anos sem uma brasileira no topo do pódio da modalidade, Maria Carolina Santiago acabou com o jejum nos 50m livre S13, para atletas com baixa visão. Com 26s82 ela quebrou o recorde paralímpico. E Gabriel Araújo, de 19 anos, levou o ouro com certa facilidade nos 200m livre S2, com 4m06s52.
O país ainda conseguiu mais um bronze na natação com Beatriz Carneiro nos 100m peito SB14, para atletas com deficiência intelectual). A curiosidade é que ela superou a irmã Debora Carneiro, por apenas 0s02. A outra medalha de bronze veio no remo, com Renê Pereira no skiff simples PR1, para remadores com função mínima ou nenhuma função de tronco.