A Fiocruz anunciou nesta segunda-feira (16) que vai produzir 60 milhões de testes de antígeno para o diagnóstico da covid-19 no Sistema Único de Saúde, com previsão de entrega ainda este ano.
Segundo a fundação, a iniciativa terá investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Além de fabricar os testes, a Fiocruz será responsável por treinar equipes e prestar assistência técnica e científica em locais definidos pelo governo federal.
Diferente dos testes moleculares, chamados RT-PCR, considerado padrão ouro para a detecção do novo coronavírus, o teste de antígeno pode ser processado no próprio local da coleta, apresentando resultado em apenas 15 minutos.
Já o RT-PCR precisa ser enviado a laboratórios especializados. O processamento pode levar algumas horas e depende de equipamentos sofisticados.
A sensibilidade do teste de antígeno é menor que a do RT-PCR, mas também é considerada alta, acima de 95%.
A Fiocruz já fornece testes moleculares e vai continuar a produzi-los. Suas amostras são importantes para o monitoramento das variantes, já que elas contêm o material genético do vírus e podem ser usadas para fazer o sequenciamento.
Ao todo, a Fundação Oswaldo Cruz entregou 11 milhões e 700 mil desses testes em um primeiro contrato. O novo acordo firmado prevê a disponibilização de mais 13 milhões e 700 mil unidades.
Edição: Roberto Marques Piza / Guilherme Strozi