A cúpula da CPI da Covid no Senado decidiu, em um almoço realizado nesta quarta-feira (11), que vai sugerir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por charlatanismo, curandeirismo, publicidade enganosa, entre outros. A informação foi noticiada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
As penas somadas podem chegar a 18 anos de prisão. Os crimes e suas penas já constam de relatório interno da CPI detalhado. Entre as provas, estão sete vídeos em que Bolsonaro aparece fazendo propaganda do medicamentos, em lives, discursos ou em conversas com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
A decisão foi discutida pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Ao final dos trabalhos, a comissão faz um relatório e encaminha ao Ministério Público Federal com sugestões de indiciamento daqueles que entender que cometeram crimes. Nesse caso, o indiciamento do presidente será pela divulgação de medicamentos ineficazes no tratamento da covid-19.A cúpula da CPI da Covid no Senado decidiu, em um almoço realizado nesta quarta-feira (11), que vai sugerir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por charlatanismo, curandeirismo, publicidade enganosa, entre outros. A informação foi noticiada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
As penas somadas podem chegar a 18 anos de prisão. Os crimes e suas penas já constam de relatório interno da CPI detalhado. Entre as provas, estão sete vídeos em que Bolsonaro aparece fazendo propaganda do medicamentos, em lives, discursos ou em conversas com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
A decisão foi discutida pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Ao final dos trabalhos, a comissão faz um relatório e encaminha ao Ministério Público Federal com sugestões de indiciamento daqueles que entender que cometeram crimes. Nesse caso, o indiciamento do presidente será pela divulgação de medicamentos ineficazes no tratamento da covid-19.
Renan Calheiros afirmou que a decisão foi tomada após o depoimento do diretor da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, à comissão, em que ficou claro que a empresa patrocinou a publicidade do tratamento precoce e do kit covid, que incluía a ivermectina, como se ele tivesse efeito contra a covid-19, o que não é comprovado.
O diretor da Vitamedic, Jailton Batista, afirmou nesta quarta que a empresa nunca conduziu estudos para avaliar a eficácia da ivermectina para o combate ao coronavírus. Mesmo assim, a farmacêutica custeou a publicação de um anúncio da Associação Médicos do Brasil em defesa do chamado tratamento precoce.
A empresa investiu R$ 717 mil para veicular nacionalmente o chamado “Manifesto pela Vida”, o qual defendia tratamentos sem eficácia para a covid-19 – entre eles, citava a adoção da própria ivermectina.
Os senadores vão enquadrar também os fabricantes da ivermectina.
A farmacêutica teve um aumento de 2.900% no seu lucro em 2020. Segundo Barbosa, a empresa faturou 200 milhões em 2019, quantia que passou para R$ 540 milhões no ano passado. Só em relação à ivermectina, o crescimento nas vendas foi acima de 600%.