O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou nesta segunda-feira (11) os testes de segurança das urnas eletrônicas. Os participantes tiveram acesso aos códigos-fonte dos softwares responsáveis pela transmissão e recebimento dos dados. São cerca de 4 milhões de linhas de código. Os participantes também poderão abrir a urna para conhecer o funcionamento interno. Os testes vão acontecer somente na sede do TSE.
Esta é a primeira fase do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação e vai até 22 de outubro. Os 39 especialistas vão preparar estratégias para atacar o sistema entre os dias 22 e 26 de novembro. O objetivo é encontrar e corrigir possíveis falhas de segurança.
O coordenador dos Sistemas Eleitorais, José de Melo Cruz, apresentou um novo modelo de urna e defendeu abrir o código-fonte.
Esta é a sexta edição do teste. O chefe da Seção de Voto Informatizado, Rodrigo Coimbra, diz que o evento já contribuiu para melhoria do mecanismo que embaralha os votos e da segurança do software na urna.
Rangeu Silva é um dos investigadores. Ele diz que precisa avaliar o código para saber como atacá-lo, mas espera encontrar dificuldade.
Após os testes de novembro, os investigadores vão repassar ao TSE as falhas que encontrarem. Depois das correções feitas pelos técnicos do tribunal, os testes serão refeitos para verificar se os problemas foram sanados. Os trabalhos devem durar até maio.
Edição: Nádia Faggiani/ Renata Batista