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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso foi hostilizado ao ser reconhecido em um restaurante enquanto jantava em Santa Catarina na quinta-feira, 3. Manifestantes pró-Bolsonaro foram até o local em que o ministro estava, na cidade de Porto Belo, e protestaram contra sua presença. Eles ofenderam o ministro, chamando-o de “vagabundo” e “ladrão”.
Barroso deixou o estabelecimento, mas as manifestações seguiram até o local em que ele estava hospedado no município. Como os atos poderiam se tornar violentos, a polícia foi acionada para garantir a proteção do ministro da Suprema Corte e dispersar os manifestantes.
Vídeos nas redes sociais mostram o momento em que Barroso deixa o restaurante em um carro. Há também registro da manifestação que se formou próximo ao local onde ele se hospedou.
Em nota, o STF disse que Barroso retirou-se do restaurante “para não causar transtornos aos demais clientes do local”, mas, retornando para casa, sua equipe de segurança detectou outro grupo protestando, fazendo “ruído perturbador” para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.
“A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local”, diz a nota.
O comunicado ressalta ainda que Barroso não foi agredido fisicamente. “O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro”.
A nota da Corte ainda destaca a necessidade de respeito ao resultado das urnas, que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente do Brasil a partir de 1º de janeiro de 2023.
“A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, diz o texto.